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Os mistérios do Universo : O enigma dos crânios de cristal

         

No fim do século XIX apareceram subitamente crânios de cristal que se tornaram míticos entre os arqueólogos e apreciadores da antiguidade. Na verdade, circulavam estórias extraordinárias sobre eles. Assim, começou a espalhar-se a lenda dos misteriosos crânios de cristal.

Os crânios que apareceram a partir do fim dos anos 1800 não eram todos do mesmo tamanho. Havia alguns centímetros de diferença em relação ao tamanho real de um crânio. Além disso, os crânios não eram todos feitos de cristal, mas sim de diferentes minerais. Esta diversidade explica-se pelo fato de que a extrema popularidade dos crânios fez aparecer no mercado vários crânios falsos fabricados por charlatães, ávidos por enriquecer rapidamente às custas de pessoas ingénuas!


Tornar-se o rei do mundo

Apesar de todos estes problemas, acabámos por saber que na verdade existiam treze crânios de cristal que teriam sido fabricados por povos da América do Sul há cerca de 5000 anos. Segundo a lenda, aquele que conseguisse reunir os treze crânios seria o rei do mundo.


Crânios impossíveis de esculpir na época!

O primeiro ponto surpreendente em relação aos crânios é que os homens de há 5000 anos não possuíam as ferramentas necessárias para confecionar esculturas tão perfeitas que não tinham o menor defeito! Além disso, o nível de acabamento perfeitamente liso teria exigido um fabrico que era impossível de realizar na altura. Um grau de polimento tão exemplar seria até, de acordo com alguns especialistas, difícil de obter com as ferramentas atuais.
Anda mais estranho, o cristal dos crânios foi trabalhado sem ter em conta o eixo natural do cristal, a que normalmente se presta atenção para evitar que se parta ao longo da lapidagem. Todos os escultores de cristal o sabem: é preciso esculpir este mineral extremamente frágil respeitando o eixo ou a orientação da simetria molecular do cristal. Qualquer escultor amador sabe que não se deve lapidar contra o grão, senão o cristal quebra-se mesmo que se utilizem técnicas modernas de corte, incluindo o laser!
Porque os crânios considerados autênticos foram esculpidos contra o grão, os especialistas estimam que, para atingir uma tal perfeição, teriam sido precisos pelo menos 300 anos para conseguir esculpi-los!


Uma tempestade de crânios!

Atualmente, é difícil imaginar o burburinho que provocado por estes crânios, sendo que alguns foram vendidos a preços inimagináveis a partir do século XIX. Como já disse, várias pessoas mal-intencionadas que queriam ganhar dinheiro fácil mandaram fazer crânios de cristal falsos!
Daí a polémica que envolve os crânios existentes, dado que o quartzo é um mineral que não envelhece. Assim, não pode ser datado pelo famoso método do carbono 14, habitualmente utilizado para fazer uma estimativa da idade dos objetos.
Deste modo, eis um pequeno inventário dos crânios listados até hoje.


A descoberta do crânio do destino. Autêntico

A lenda dos crânios de cristal, que corria desde o fim do século XIX, teve uma espetacular confirmação em 1924, graças à descoberta de um crânio de cristal pelo explorador inglês F.A. Mitchell-Hedges. Mesmo que não seja o primeiro, é o mais conhecido de todos os crânios.
Ele foi, na verdade, descoberto pela sua filha adotiva, Anna, nas ruínas de um templo maia, em Lubaatun, no Belize, pequeno país da América Central, a sul do México e da Guatemala.
De acordo com uma reconstituição médico-legal, representaria o rosto de uma mulher ameríndia. Este crânio perfeitamente esculpido e polido pesa cinco quilos e é composto por duas partes. O maxilar inferior é móvel e adapta-se perfeitamente ao maxilar superior. Em função da luz, produzem diferentes efeitos luminosos. Assim, se iluminarmos o crânio por baixo, a luz jorra pelas órbitas. O crânio até foi enviado para o departamento de cristalografia da famosa empresa Hewlett-Packard, onde os cientistas não queriam acreditar na perfeição deste crânio, tendo em conta as técnicas disponíveis há 5000 anos!
No entanto, os investigadores puderam determinar que este crânio era feito de dióxido de silício «piezoelétrico», um quartzo natural extremamente puro. A piezoeletricidade é a propriedade que possuem certos corpos para reagir a uma pressão mecânica ou a um campo elétrico. De acordo com contos pré-colombianos, este crânio, dito do destino, teria mais de 3500 anos e teria sido utilizado pelos padres maias durante os seus rituais religiosos, nomeadamente, para matar à distância.

O crânio de cristal cor-de-rosa. Sem dúvida autêntico
Este crânio esculpido em metal cor-de-rosa é opaco. Foi descoberto na fronteira entre as Honduras e a Guatemala.
Este crânio apresenta as mesmas dimensões do que o crânio do destino referido acima. Aliás, é até bastante parecido com este último, dado que, tal como ele, é composto por duas partes, incluindo um maxilar destacável do resto do crânio.

O crânio do British Museum em Londres. Um falso
Teria sido vendido a um comerciante de antiguidades, Eugène Boban, por um aventureiro mexicano, nos anos 1890, que o teria descoberto numa cidade maia do México. Na verdade, um exame minucioso revelou, anos mais tarde, que este crânio era falso. Tinha sido, é certo, comprado pelo famoso Boban, mas na Alemanha. Era feito de quartzo brasileiro trabalhado com uma pedra de amolar e com ferramentas que não existiam na época pré-colombiana.

O crânio do Smithsonian Institution em Washington (EUA). Um falso
Este crânio translúcido é o mais pesado (14 Kg) e o mais volumoso (25,5 cm por 22,5 cm) dos crânios conhecidos. É oco e possui órbitas vazias, sendo feito a partir de um só bloco, com um maxilar inseparável do crânio. Em 2005, um estudo levado a cabo pelos investigadores do British Museum revelou vestígios de pedra de amolar que confirmaram as dúvidas sobre uma origem recente. Suspeita-se que Eugène Boban esteja também na origem desta falsificação.

O crânio de cristal do Museu Branly em Paris. Um falso
Foi oferecido ao museu francês pelo explorador Alphonse Pinart em 1878. Este crânio de cristal é esculpido num quartzo de grande perfeição, bastante parecido com o crânio do destino de Mitchell-Hedges. A diferença é que o maxilar é inseparável do crânio e que possui um furo de um lado ao outro que forma um orifício de forma bicónica. Depois de analisado, foi classificado entre as imitações fabricadas na Alemanha em quartzo brasileiro. O antiquário Boban estará novamente ligado a esta falsificação.

O crânio da cruz relicário. A dúvida persiste
Este crânio possui dimensões bastante pequenas. O seu nome provém do orifício que foi escavado pelos Espanhóis para colocar uma cruz. Teria sido descoberto no início da conquista espanhola na América do Sul. A dúvida quanto à sua autenticidade persiste.

O crânio Sha-Na-Ra. Autêntico
Este crânio de cristal de rocha leitoso foi descoberto durante as pesquisas arqueológicas na região de Guerrero no México, nos anos noventa. A sua descoberta está intimamente ligada à história de um vidente médium americano: Nick Nocerino. Muito antes de conhecer a sua existência, este mago sonhou com crânios e teve visões diurnas dos mesmos. Aliás, teria até indicado aos arqueólogos como o encontrar.

O crânio Mayan. Autêntico
É o crânio mais misterioso, dado que os seus proprietários não querem ser conhecidos. Foi descoberto na fronteira das Honduras, no início do século XX.
Em todo o caso, é considerado como um dos mais autênticos. Esculpido num bloco de quartzo claro, também foi analisado pelo departamento de cristalografia da empresa Hewlett-Packard, que concluiu a sua autenticidade.

O crânio de ametista. Autêntico
Este crânio foi descoberto na Guatemala, no início do século XX. Foi fabricado num quartzo púrpura e é opaco. Foi analisado pelos especialistas do departamento de cristalografia da Hewlett-Packard que, como para o crânio Mayan, afirmaram que se tratava de um artefato (material transformado pela mão do Homem) autêntico pré-colombiano.

O crânio de cristal sinergia. Autêntico
Este artefato pesa 15,5 Kg. É considerado como um dos mais autênticos dos crânios de cristal. Teria sido dado a um homem de negócios por um ameríndio, mesmo antes de morrer, numa pequena vila da Cordilheira dos Andes, na América do Sul. Atualmente, é propriedade de Sherry Whitfield-Merrel, que percorre o mundo para participar em mesas redondas e em encontros de esoterismo.

O crânio E.T. Autêntico
Este nome foi-lhe dado em homenagem ao famoso personagem de Steven Spielberg, uma vez que a sua forma evoca a do crânio de um extraterrestre! Está esculpido num cristal preto opaco, com órbitas enormes. Estaria na origem da cura milagrosa da sua proprietária que sofria de um tumor no cérebro. Uma esfera teria aparecido sobre o crânio de cristal, no mesmo local do tumor desta mulher, e ela terá sido então curada por milagre.

O crânio do Texas. Autêntico
Este crânio, bastante opaco, foi encontrado num túmulo na Guatemala, entre 1924 e 1926. Teria sido utilizado para realizar curas e rituais pelos padres maias. Atualmente, pertence a um texano chamado Joan Park, vindo daí o seu nome de crânio do Texas. É um crânio viajador, dado que está frequentemente exposto em todo o mundo, em exposições dedicadas aos crânios de cristal ou às civilizações pré-colombianas.



A lenda incrível

Além destas impossibilidades materiais, o que é ainda mais incrível é a lenda que envolve os treze crânios autênticos!
De acordo com as lendas indianas pré-hispânicas, existiriam no total treze crânios. Estes seriam autênticas memórias da humanidade, contendo informações cruciais sobre as origens do mundo, todos os grandes acontecimentos importantes da história da humanidade e o fim desta, assim como conhecimentos que permitiriam a quem os possuísse dominar o mundo!
De acordo com antigas lendas maias, estes crânios teriam sido trazidos por homens provenientes da Atlântida. Depois dos treze crânios estarem reunidos, são capazes de emitir uma forte energia e de falar. Diz-se que possuem vários poderes, sobre os quais o comum mortal não faz a menor ideia!
Os Maias foram informados pelos Atlantes sobre algumas destas informações. Assim, teriam existido doze mundos anteriormente, em que a vida teria durado milénios. A Terra seria o mais novo e o terceiro destes mundos em que a vida humana é possível.


A sabedoria dos Atlantes

Na verdade, estes crânios teriam sido legados aos Atlantes por seres vindos do espaço, para transmitir-lhes os seus conhecimentos. Deste encontro teriam nascido quatro civilizações brilhantes: Atlântida, Mu, Lemúria e Mieyhun.
Os crânios teriam sido sucessivamente confiados às três grandes civilizações pré-hispânicas: os Olmecas, os Maias e depois os Astecas.
Na queda da civilização asteca, provocada pela chegada dos Conquistadores espanhóis, os crânios teriam sido dispersos através do mundo.

De acordo com a lenda, será preciso alinhar estes treze crânios no dia 21 de dezembro de 2012, último dia do calendário maia, para evitar que a Terra não se agite sobre o seu eixo e provoque o fim do mundo!